Graviola
A graviola é uma fruta, também conhecida como Jaca do Pará ou Jaca de pobre, utilizada como fonte de fibras e vitaminas, sendo o seu consumo recomendado em casos de prisão de ventre, diabetes e obesidade.
A fruta possui um formato oval, com a casca na cor verde-escuro e coberta de “espinhos”. A parte interna é formada por uma polpa branca com o sabor levemente adocicado e um pouco ácido, sendo utilizada na preparação de vitaminas e sobremesas.
O nome científico da graviola é Annona muricata L. e pode ser encontrada em mercados, feiras e lojas de produtos naturais.
Por causa das suas propriedades, a graviola pode ser utilizada em diversas situações, como:
- Diminuição da insônia, pois possui em sua composição compostos que promovem o relaxamento e a sonolência;
- Hidratação do organismo, já que a polpa da fruta é constituída principalmente por água;
- Diminuição da pressão arterial, pois é um fruta com propriedades diuréticas, auxiliando, assim, a regular a pressão;
- Tratamento de doenças do estômago, como a gastrite e a úlcera, já que possui propriedades anti-inflamatórias, diminuindo a dor;
- Prevenção da osteoporose e anemia, pois é uma fruta muito rica em cálcio, fósforo e ferro;
- Tratamento da diabetes, pois possui fibras que impedem que o açúcar aumente rapidamente no sangue;
- Retardo do envelhecimento, já que possui propriedades antioxidantes, combatendo, assim, os radicais livres;
- Alivio das dores do reumatismo, pois possui propriedades antirreumáticas, diminuindo a inflamação e a dor.
A graviola também pode ser utilizada para o tratamento da obesidade, prisão de ventre, doenças no fígado, enxaqueca, gripes, verminoses e depressão, já que é um ótimo modulador do humor.
Graviola cura o câncer?
A relação entre o consumo de graviola e cura do câncer ainda não é comprovada cientificamente, no entanto vários estudos têm sido realizados com o objetivo de estudar os componentes da graviola e seu efeito sobre as células do câncer.
Estudos recentes demonstraram que a graviola é rica em acetogeninas, que é um grupo de produtos metabólicos que possuem efeito citotóxico, sendo capazes de atuar diretamente nas células cancerígenas.
Além disso, foi visto nos estudos que o consumo a longo prazo de graviola possui efeito preventivo e potencial terapêutico para diversos tipos de câncer.
Apesar disso, são necessários estudos mais específicos envolvendo a graviola e seu componentes para que seja verificado o verdadeiro efeito dessa fruta no câncer, já que seu efeito pode variar de acordo com o modo de cultivo da fruta e concentração de seus componentes bioativos.
Como consumir
A graviola pode ser consumida de diversas formas: natural, como suplemento em cápsulas, em sobremesas, chás e sucos.
Tudo da graviola pode ser aproveitado, desde a raiz até as flores.
- Chá de graviola: É feito com 10 g de folhas de graviola secas, que devem ser colocadas em 1 litro de água fervente. Após 10 minutos, deve-se coar e consumir 2 a 3 xícaras após as refeições;
- Suco de graviola: Para fazer o suco basta bater no liquidificador 1 graviola, 3 pêras, 1 laranja e 1 mamão, juntamente com água e açúcar a gosto. Depois de batido, já pode consumir.
Contra-indicação do uso da graviola
O consumo da graviola não é indicado para gestantes, pessoas com caxumba, aftas ou ferimentos na boca, já que a acidez da fruta pode causar dor, e pessoas com hipotensão, pois um dos efeitos colaterais da fruta é a diminuição da pressão arterial.
Além disso, as pessoas hipertensas devem ter orientação do cardiologista à respeito do consumo da graviola, pois a fruta pode interagir com os medicamentos utilizados ou até mesmo diminuir muito a pressão, podendo levar a um quadro de hipotensão.
GRAVIOLA
Nome científico: Annona muricata L.
Sinonímia científica: A. macrocarpa; A. bonplandiana; A. cerarensis.
Nome popular: Graviola, Araticum de Comer, Araticum do Grande, Araticum Manso,
Areticum, Jaca, Jaca de Pobre, Coração de Rainha, Jaca do Pará, Jaqueira Mole.
Família: Annonaceae.
Parte Utilizada: Caule e folha.
Composição Química: acetogeninas (annocatalina, annohexocina, annomonicina,
anomontacina, annomuricatina A e B, annomuricina A até E, annomutacina,
annonacina, annocinona, annopentocina A, B e C, cis-corossolona, cohibina A até D,
corepoxilona, coronina, corossolina, corossolona, donhexocina, epomuricenina A e B,
gigantetrocina A e B, muracina A até G, muricapentocina, muricatalicina, muricatalina,
murcatenol, muricatetrocina A e B, muricatina D, muricatocina A, B e C, muricina H,
muricina I, muricoreacina, murihexocina 3, murihexocina A, B e C, murihexol,
murisolina), alcalóides, taninos, compostos polifenólicos, compostos cianogenéticos,
ácido ascórbico, sacarose, fitoesteróis, ácido gama-aminobutírico, ácido málico.
Formula molecular: N/A Peso molecular: N/A
CAS: N/A
DCB: N/A
DCI: N/A
Pequena árvore sempre verde, entre 5 e 6m de altura, folhas grandes, cordiformes, brilhantes, verde escuras. Flores paniculadas, racemosas, pequenas, brancas.
O fruto é uma drupa grande, comestível, 15 a 20 cm de diâmetro, mais de 20 cm de comprimento, casca verde amarelada com espinhos, polpa branca, acidulada,
saborosa excelente para refrescos e sorvetes.
É nativa das áreas tropicais das Américas, do Norte e do Sul, principalmente da Amazônia.
Indicações e Ação Farmacológica
É antibactericida, fungicida de largo expectro, vermífuga, antiparasitária interna, tônica, reguladora das funções cardíacas, descongestionantes, diaforética, estimulante das funções digestivas, analgésica, sedativa e hipotensora.
Indicada para casos de abscesso, artrite, asma, astenia, bronquite, coadjuvante no combate ao câncer, coração, diabete, diarreia, disenteria, dor, edema, eliminar catarro dos pulmões, emagrecimento, espasmo, febre, gripe, hipertensão, nevralgia, reumatismo, rins, tosse, vermes intestinais.
Toxicidade/Contraindicações
Por ter ação hipotensora, é contra indicado para pessoas com pressão baixa, grávidas
e aos que fazem o uso de inibidores da MAO, pois pode causar náusea e vômitos se ingerida em altas dosagens.
Dosagem e Modo de Usar
– Rasura: 2 colheres de sopa em 500 ml de água.,
– Extrato seco: 150 mg três vezes ao dia.
– Pó: 300 a 500 mg duas vezes ao dia.
Referências Bibliográficas
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracêuticos, Corpus, 2014.
ÁVILA, L. C. Índice terapêutico fitoterápico – ITF. 2 ed. Petrópolis, RJ, 2013
CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
LORENZI, H., MATOS, F.J.A. Annona muricata L. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora
LTDA, 2008. p 67.
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